Igualdade de género e Educação Sexual na nossa escola – 2023/24

A temática da Educação Sexual foi abordada no 2.º e 3.º Ciclos do ensino Básico nas aulas de Cidadania que se coordenou, na nossa escola, com a Oficina de Saberes onde trabalhos práticos como cartazes, folhetos com informação, autocolantes e trabalhos em 3D foram realizados, a propósito da Igualdade de Género e Educação Sexual.

Fez-se a integração de tópicos sobre Igualdade de Género o em várias disciplinas, promovendo a responsabilidades de todos. Os professores de Ciências no 2.º e 3.º CEB e de Filosofia no ensino secundário deram relevo discriminado a cientistas e filósofos, do género feminino.

Datas assinaladas no 1.º período:

11 de Outubro – Dia Internacional da Menina. Especialmente para o 2.ºCiclo com produção de panfletos, procurou destacar-se a importância da educação para meninas e mulheres jovens, incluindo a educação sexual como um meio de igualdade de oportunidades.

25 de NovembroDia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Vários docentes, com as suas turmas de 3.º CEB abordaram a violência de género, os direitos das mulheres e a importância da educação na prevenção da violência sexual na sexta anterior e/ou na segunda a seguir.

1 de Dezembro – Dia Mundial da Luta contra a SIDA não foi uma ocasião desaproveitada. Fazendo-se-lhe apenas referência, adiou-se o diálogo sobre educação sexual como ferramenta vital na prevenção do HIV/AIDS e na promoção da saúde sexual e reprodutiva para o dia em que a associação SOL, no 2.º período, viria à escola para dar o seu testemunho no 9.ºano e Secundário.

10 de Dezembro – Dia dos Direitos Humanos. A efeméride calhou igualmente em fim de semana, pelo que se promoveu, junto dos alunos, a investigação dos direitos humanos universais, incluindo os direitos à igualdade de género e à educação sexual, nas semanas mais proximimos dessa data.


Datas assinaladas no 2.º Período:

A 10 de janeiro, tivemos a colaboração dos Bombeiros Voluntários de Manteigas, da GNR – Escola Segura, e da Unidade Local de Saúde, que enviaram elementos para orientar toda uma manhã sobre o tema “Prevenção da Violência”. Esta palestra abordou os vários tipos de violência e como os comportamentos na área da manifestação dos afetos se expressam. A sessão foi destinada às turmas do ensino secundário e 9.º ano.

8 de Março – Dia Internacional da Mulher, especialmente para o 3.º Ciclo, nessa sexta-feira abordaram-se temas relacionados à igualdade de género, direitos das mulheres e a importância da educação sexual para o empodoramento feminino.

A 13 de março, técnicos da Associação Sol conduziram uma sessão intitulada “Viver com VIH”. Neste evento, apresentaram o seu projeto de intervenção e abriram espaço para a intervenção dos alunos, esclarecimento de dúvidas e diálogo, informações cruciais sobre a convivência com o VIH.


Datas assinaladas 3.º período

17 de Maio – Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. Essa sexta-feira foi a data propícia para dialogar especialmente no ensino secundário a aceitação e respeito pela diversidade sexual e de género, bem como os direitos das pessoas LGBTQIA+.

A 7 de junho, representantes da Cáritas Diocesana partilharam o seu projeto do Centro de Apoio à Vida, designado por NAS©ER. Este projeto abrange as vertentes de atendimento, acompanhamento e alojamento, destinado a mulheres grávidas, puérperas e seus filhos recém-nascidos, em situação de dificuldade. A palestra foi direcionada para as turmas do 3.º Ciclo do Ensino Básico (CEB), com o objetivo de “identificar nas situações de risco e de crise a mulher como a mais vulnerável”.

Em resposta às queixas sobre a necessidade de melhorar a concentração e o envolvimento nas aulas, nomeadamente, de educação sexual, e de criar um ambiente mais aberto para discutir temas sensíveis como a igualdade de género, foi implementada em 2023/2024, de forma experimental, a iniciativa “Intervalos Sem Telemóveis” direcionada ao 2.º CEB. A avaliação desta iniciativa apontou que os alunos ficaram mais propensos a participar em atividades e jogos no recreio, fomentando a igualdade. Interagiram diretamente, colaboravam rapazes e raparigas e quebraram-se estereótipos de género.Sem telemóveis os alunos expressaram-se mais e mais livremente. Receberam apoio imediato de colegas e professores, facilitando diálogos informados e respeitosos sobre sexualidade e a igualdade de género. Ou seja, os intervalos sem telemóveis incentivaram o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais cruciais para a relação sexuada e igualdade de género. Devido ao sucesso da medida, em 2024/25 foi decidida a sua continuidade e alargamento, conforme deliberação tomada com os parceiros na educação – emo conselho escolar, e com a consulta aos encarregados de educação no início do ano .

Aplicaram-se em diversas ocasiões testes e questionários quer antes quer depois de cada ação sobre educação sexual e em ordem a promover a igualdade de género. O registo dos incidentes de discriminação ou falta de respeito, foi feito de forma meticulosa, e revista em reuniões de conselho de turma, avaliando a sua diminuição ao longo do tempo. Foi mantida uma observação direta da participação dos alunos nos debates e discussões sobre estas temáticas bem como a sua participação colaborativa nas campanhas de sensibilização, avaliando a sua aceitação e respeito da diferença.

Além do alargamento da iniciativa “Intervalos sem Telemóveis”, a escola planeia voltar a promover palestras e dar continuidade ao círculo de apoio. O currículo de educação sexual e igualdade de género será mantido de forma sistemática e inclusiva em várias disciplinas e nas temáticas abordadas em cidadania. Novas campanhas serão lançadas e serão selecionadas datas propícias para destacar estes temas. E, como novidade, também está prevista a inscrição em programas de formação contínua para assistentes operacionais e docentes, nos temas de educação sexual e Igualdade de Género. Estes programas visam garantir que os profissionais se sintam mais informados e melhor preparados para lidar com estes temas de forma tranquila e eficaz.

As psicólogas que rabalham na escola mostraram disponibilidade para que a sua hora fosse um espaço seguro para receberem apoio @s alun@s LGBTQIA+. Além disso, foi criado um círculo de apoio de e para alunos, orientado por uma psicóloga clínica, que anteriormente não frequentava a escola. Este círculo reuniu-se pelo menos duas vezes por período, em horários compatíveis com todas as turmas. O grupo abordou questões de discriminação sexual e igualdade de género.

Além das parcerias mencionadas no separador das palestras com GNR, bombeiros, Unidade de Saúde Local e a Cáritas Diocesana que orientaram atividades educativas, a nossa escola estabeleceu uma colaboração com a Business as Nature. Esta parceria, focada na igualdade de género, dirigiu-se exclusivamente a raparigas.Realizou um BootCamp destinado a capacitar as jovens que se quiseram inscrever a assumirem papéis de liderança, na sequência do qual dinamizou-se uma rede de embaixadoras das suas comunidades e bairros.

Shares